29 Feb, 2020
Hipertensão
A hipertensão, também conhecida como “pressão alta”, é uma doença crônica caracterizada pelo aumento da pressão sanguínea nas artérias. Em uma condição de hipertensão, o sangue acaba forçando demais as paredes das artérias, o que pode levar a um entupimento ou rompimento desses vasos com o passar do tempo.
A hipertensão pode ser detectada através da medição da pressão sistólica (pressão nas artérias enquanto o coração está se contraindo) e diastólica (pressão enquanto o coração está relaxado). O valor normal para a pressão sistólica varia entre 110 e 130mmHg e para a pressão diastólica fica entre 70 e 80mmHg. A combinação de ambos os resultados gera o conhecido valor de referência da pressão normal: 12 por 8 (120mmHg para sistólica e 80mmHg para diastólica). Considera-se pressão alta quando uma pessoa, ao realizar a medição das pressões, apresenta valores iguais ou superiores a 140mmHg para sistólica e 90mmHg para diastólica (14 por 9). É importante medir a pressão arterial com frequência, pois a hipertensão é uma doença silenciosa e pode não apresentar sintomas, sendo a medição frequente a única forma segura de detectá-la.
SINAIS E SINTOMAS
Na maior parte dos casos a pressão alta não gera sintomas, fator que contribui para o diagnóstico tardio e consequente agravamento da doença. Porém, é possível que a pessoa com hipertensão apresente alguns sintomas, tais como:
- Tonturas, dores de cabeça, confusão mental
- Insônia
- Sangramento pelo nariz
- Visão embaçada
- Dificuldades respiratórias
FATORES DE RISCO
A hipertensão não tem uma causa exata, mas alguns fatores representam risco para desenvolvê-la. Esses fatores são hereditariedade, idade, sexo masculino, sedentarismo, obesidade, consumo de álcool, uso de contraceptivos orais, uso excessivo de sal, estresse, fumo e colesterol elevado.
A pressão também costuma aumentar após algumas atividades diárias, havendo uma diferença significativa entre períodos de movimento e de relaxamento. Ao término de uma refeição, por exemplo, há aumento na pressão arterial, assim como após a prática de exercícios físicos e em situações de estresse, preocupação, medo ou ansiedade. Já em períodos de descanso, como durante o sono, a pressão costuma ser menor.
Alguns medicamentos que contenham estimulantes, tais como antigripais e anti-inflamatórios, possuem o efeito colateral de aumentar a pressão arterial. Da mesma forma, bebidas estimulantes (café preto, chimarrão, álcool e energéticos) também elevam a pressão, devendo ser consumidas moderadamente e com cuidado pelos hipertensos.
O QUE ACONTECE QUANDO A DOENÇA NÃO É TRATADA?
Sem tratamento a pressão nas artérias se torna muito forte, podendo levar a um infarto, AVC, insuficiência cardíaca, falência renal, cegueira, dentre outras complicações.
TRATAMENTO
Na maior parte das vezes o tratamento é feito com medicação contínua, pois a hipertensão é uma doença crônica. É necessário consultar um médico cardiologista para obter um tratamento adequado, uma vez que os medicamentos utilizados e a dose dependem da condição de saúde de cada pessoa.
Além da utilização de medicação, algumas mudanças no estilo de vida são necessárias para controlar a doença, e também podem ser adotadas por aqueles que desejam preveni-la. Essas mudanças incluem:
- Praticar atividades físicas regularmente: melhora o metabolismo e previne a obesidade, trazendo diversos benefícios para a saúde. Para pessoas com hipertensão exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida, ciclismo e natação, são ótimas opções e auxiliam no controle da doença.
- Manter uma alimentação saudável: evitar o consumo de sal, alimentos gordurosos e açúcares; além de aumentar a ingestão de líquidos, frutas, verduras e legumes. Estudos recentes mostraram que a Dieta do Mediterrâneo, praticada no norte da Europa e Japão, é muito eficaz no controle da pressão arterial. Essa dieta é baseada no consumo de alimentos frescos e naturais, especialmente peixes e frutos do mar, evitando-se embutidos e produtos industrializados.
- Evitar o estresse e a ansiedade: fatores emocionais influenciam diretamente na pressão arterial. Em situações de estresse, o cérebro prepara o corpo para a ação, bombeando mais sangue e aumentando a frequência respiratória. Embora estresse e ansiedade sejam comuns atualmente, é necessário buscar alternativas para enfrentar situações que desencadeiem essas emoções, pois a longo prazo podem ocasionar outras doenças além da hipertensão.
- Abandonar o cigarro e o álcool: além de aumentar a pressão, cigarro e álcool trazem diversos outros prejuízos à saúde, sendo extremamente importante não consumir essas substâncias ou consumir com moderação - no caso do álcool. Beber com frequência e em grandes quantidades é um hábito que deve ser abandonado para evitar o surgimento ou agravamento de problemas de saúde e melhorar a qualidade de vida.